segunda-feira, 5 de julho de 2010

O Amor e a TV ("TeleVisão" ou "Totalmente Vencido"?)

Alguém ai já parou pra pensar o quão sua vida foi/é influenciada pela TV? É, eu também nunca tinha pensado antes nisso. Propagandas e mais litros de propagandas de produtos de todos os tipos e cores, direta ou indiretamente afetando nossas pobres mentes inocentes e juvenis. Informações essas, passadas até nos desenhos animados mais improváveis que possamos imaginar. Alguém deve está pensando agora: "Ah, a violência deve ser a mais divulgada pela TV" na verdade, a violência é a mais notada, mas de contra partida, provavelmente a menor divulgada perante todos os outros tipos de alienação que a TV é capaz de produzir. O casamento (ou a união de dois seres) é um ótimo exemplo de alienação oculta. Ah é verdade. Pois é, não vim falar sobre tele-novelas como o título sugeriu, então vamos ao que interessa.

Bem, posso começar com a certeza de que todos seres vivos da terra que estão tendo a capacidade de ler esta postagem neste blog, já viram ou ouviram algum conto de fada, mesmo que de longe. Pois bem, esse pode ser o ponto de partida do meu questionamento de hoje. Querendo ou não, esses contos de fada com seus eternos e repetitivos "felizes para sempre", nos criaram uma certa certeza na vida mesmo que mínima, de que para sermos "felizes para sempre", temos que estar junto de alguém, seja casando, juntando as escovas de dente, morando com os pais da outra família, enfim, juntando-se com a(o) parceira(o). Isso para quem assistia muito esses desenhos, mas podemos usar de vários outros exemplos para todos os tipos de pessoas que assistiam e/ou assistem TV (novelas, filmes [principalmente os comédia romântica], seriados...). Eu digo isso, porque pensando bem agora que já estou "crescidinho", notei que sou vítima direta dessa questão, e eu sempre assistia essas coisas na TV. Também dá para tirar prova disso, porque meu pai, o indivíduo pelo qual eu "puxei", é bastante solitário, e ele sempre foi muito feliz e nunca gostou de filmes, desenhos, novelas e afins, nem os assistia e nem assiste ainda hoje e ainda diz que é coisa de boiola (papai é cabra macho!). Claro que a TV não foi o único fator que me fez querer desde criança, uma parceira pra passar o resto da vida com ela do meu lado (pobre criança inocente, o último romântico provavelmente...), muitas outras coisas tiveram a ver com essa formação precoce de minha "pequena" cabeça. Mas a TV foi um fator determinante para que eu me transformasse no que viria a ser hoje. Um exemplo forte disso, é que mesmo eu vendo a frustração de meus pais, que são separados desde meus três anos de idade, não abdiquei a idéia do Amor perfeito. Vejam só a real potência da Televisão... É, e hoje vejo o quanto esse objeto eletrônico influenciou na minha vida atual. Hoje eu sei por que eu sou eu em vários quesitos. Isso não só falando de Amor, mas também falando em aprendizados que valem a pena (como o de ter uma boa índole). Não que esse "Amor televisionado" não valha a pena, mas é que algumas pessoas são mais felizes com determinados dogmas e sentimentos do que as outras. Também não digo que hoje não sou feliz, só não ando muito contente com o vazio que hoje sinto por falta do Amor de alguém do sexo oposto (que não seje minha mãe, tia, madrinha, etc). Dependendo da resistência mental da pessoa, a influência que a Televisão proporciona, pode ser menor ou maior. Mas como não podemos saber ao certo o ínfimo de cada pessoa, não vou nem falar a fundo sobre isso, até por que ninguém conhece a si mesmo por completo, quanto mais os outros.

Após descobrir a forte influência que a TV me trouxe, resolvi pensar mais sobre o meu eu interior, e ver no que ainda pode ter vindo indiretamente das telas coloridas. Aconselho que vocês façam isso também, pode ser bastante interessante o resultado. E se por acaso vocês ainda assistam TV, podem perder a vontade e até pararem de uma vez por todas de utilizá-la, assim como eu mesmo o fiz, mesmo muito antes desta descoberta. E antes que me perguntem, não eu não estou botando culpa no pobre objeto (até por que a própria culpa não existe, é apenas mais uma coisa que a mídia pôs em nossas cabeças, como consolo ou agonia, depende do ponto de vista) apenas fiz uma análise superficial e escrita de uma experiência vivida por mim mesmo. E como isso é um texto "bloguístico", talvez não deva levar tão afundo o que acabou de ler, são apenas informações que eu julgo verdadeiras.

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