domingo, 25 de abril de 2010

Sorte e/ou Destino


Ultimamente, tenho prestado muita atenção nas coisas boas ao meu redor, que andam acontecendo. Eu não acredito em coincidência, e não me venham com o papo de que o acaso tem a ver com isso.
Eu acredito em sorte, na minha própria sorte. E depois de uma maré de "azares", e de várias cartadas nesse jogo que é a vida, algo de bom teria de acontecer. Só que várias coisas boas estão acontecendo. É como uma espiral crescente, onde as chamas acendem e queimam mais e mais. Uma atrás da outra. A última delas foi um orgasmo, quase que literalmente, mas muito próximo disso.

Depois de uma noite confusa e estranha, em um lugar estranho, com pessoas conhecidas e desconhecidas, com dominó e bebidas, com mulheres indo e vindo, algo por fim ia mudar.
Eis que finalmente aconteceu. Alguém especial apareceu, e eu não precisei fazer muita força pra notar que a noite ia tomar um rumo totalmente divergente de meus pensamentos negativos. E me bateu uma felicidade nostálgica...

A música, o violão, o corpo, o sorriso, a voz, o vinho, o carinho, a calçada, a madrugada... As estrelas. Tudo se unia em perfeita harmonia de tal forma, que eu voltei a ser quem eu realmente era, quem eu realmente sempre quis ser: uma criança. É estranho como tudo fez sentido de uma hora pra outra. E todos os detalhes frisantes da felicidade, começaram a boiar entre os nossos mares e oceanos.

Quando o Sol ameaçava pular no horizonte, fui ao encontro da Lua entre quatro paredes. E descobri que a Lua não estava só. Ela estava lá, comigo. Tentei não dormir com medo de acordar sozinho... Mas Lua e o Sol me pregaram uma peça, e não precisei de uma dose de melancolia. Mas sim, uma dose de água pra curar a ressaca amorosa, que ela mesma me ofereceu. No final, fingimos estar sonhando para ver quem ia acordar primeiro. Vez por outra, nossos olhares se encontravam timidamente, perguntando um para o outro: "você realmente existe?".

Enquanto o silêncio soava, me prontifiquei à prestar mais atenção no quarto. Vi que a nostalgia estava em mim naquele dia. Chapéus, disfarces, instrumentos, pedestais... Ainda notei que acordei entre bolsas de viagem e botas de couro. Nossa, aquele lugar parecia tão enorme, apesar de pequeno. Acho que minha vida cabia ali dentro. E deu vontade de deixar a mesma lá.
As palavras voltaram a sair das bocas secas, e sedentas por um pouco mais da boca um do outro.

As palavras saíram, e nós também. Fui entregá-la ao Sol, como que em agradecimento pelo universo de coisas e sentimentos. E mesmo assim, a esperança permaneceu. Nem mesmo a pressa de um novo encontro, surgiu. Mesmo sem saber como e quando íamos nos ver de novo.
Bem, vou continuar jogando minhas cartas, e deixar que os dados rolem pela mesa da vida. Se o azar chegar, a sorte vem logo atrás.

Sempre...

A minha sorte.

Também conhecida como o destino que eu construo com minha própria esperança.

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