domingo, 18 de março de 2012

Delírios do eu lírico...

Agora sim eu percebi, sinto o calor e um pouco mais. Não era assim, era sem mim, suave brisa e tanto faz. A dor não é calor, ouvi dizer que sou capaz de alimentar a minha flor com teu suor pois não há mais incerteza que corrompa, sei que não mais.

O peso que carrego agora é leve, e de tão leve levo embora a tristeza sem demora. A vida não consiste no que disse, não me arrependo, sei que existe, na leveza de uma aurora fui saber que te teria, algum dia, numa outrora.

Não tem erro sem acerto, vou me entregar e me afogar na entidade que é teu ventre, e acender, vou me acender em sua luz enquanto ardente. Vai entender que minha paz é tua paz se o corpo entende. É o que diz à minha alma, a tua alma não desmente.

A vida é dura e se envaidece enquanto aturo tua moldura, solto chamas, me enlouquece. Me faz viver te envenenar, o sangue pulsa em meu pulso e se estremece.

Enquanto as sombras se escondem por detrás de nós, a vida flui eu sei que influi, vamos gritar numa só voz. Vem comigo, não demora e goza todo o teu prazer, se deleite não suspeite, não há mentira nem há farsa, essa é a graça da minha raça, eu sou seu não se desfaça. Nem de graça, nem por nada, só me tenha eu sou tua taça. Vem me bebe, sou fumaça e álcool puro no escuro.

Mas não confunda minha flor, a droga pura em seu sabor, nada mais é que a beleza da pureza do amor, o meu amor por você.

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