O fogo que habita em mim,
Queima como brasas irreais.
Aquece todo o meu corpo,
Vira cinza e se desfaz.
As chamas são fortes e sem cores,
Gritam por desejos que me transcendem.
Não trazem prazeres e nem dores,
Lutam por um fim que nunca vencem.
O corpo é frágil e não entende,
Lança o fogo fora que se esvai.
O fogo é ágil e não suspende,
Vai em busca de algo em outro cais.
Mas as chamas são doces e secretas,
E sempre de onde vem, voltam atrás.
Seu habitat é uma alma ingênua e sincera,
Que a ventania leva, voa e à traz em paz.
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"Eis que as 'chamas secretas' não são imortais.
Mas perdurarão até quando meu ar existir..."
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